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26 de abr. de 2010

ECONOMIA AMBIENTAL: SUBSÍDIOS ENERGÉTICOS EM ECO E AGROSSISTEMAS












A fonte e a qualidade da energia envolvida no processo produtivo de um ecossistema (ou sistema ecológico natural: florestas, oceanos, lagos...) ou de um agrossistema (ou sistema introduzido e mantido pelo homem: agricultura, pecuária, aqüicultura...), são fatores determinantes da biodiversidade, assim como também dos padrões de processos funcionais que ali existem (cadeia alimentar, ciclagem dos nutrientes, ciclo hidrológico...) e, no final, da qualidade de vida ambiental que pode ser usufruída pelos seres humanos.
Embora a maior preocupação das sociedades humanas seja principalmente os custos envolvidos na quantidade de “matéria” que somos capazes de obter dum eco ou agrossistema (quantos metros cúbicos de madeira, quantas toneladas de feijão, arroz, batata, milho... carne bovina, peixe etc.), há que se considerar em todos esses sistemas agroecológicos de produção um denominador comum, básico, fundamental: ENERGIA. Na Natureza dispomos de quatro tipos básicos de ambientes inteiramente dependentes deste importante fator ecológico:
I - Ecossistemas potencializados por energia solar, sem qualquer outro tipo de subsídio energético. Exemplos: oceanos, florestas (geralmente de altitude, relativamente isoladas), pastagens naturais, grandes lagos (geralmente profundos). A capacidade de suporte desses ecossistemas, ou seja, a produção necessária para manter populações humanas, é limitada. Mas sua biodiversidade evoluiu adaptando-se a tais limites e assim esses ecossistemas prestam “serviços ambientais” imprescindíveis à humanidade.
II - Ecossistemas potencializados por energia solar, mas subsidiados por outras energias naturais. Exemplos: ecossistemas costeiros, como estuários, recifes de corais, lagunas costeiras... e algumas florestas pluviais. Os estuários e os recifes de corais, por exemplo, são potencializados por outras fontes de energia natural: movimento das marés, correntes marinhas e ventos. Com isso são muito dinâmicos, recebem nutrientes de outros locais, tornando-se altamente produtivos.
III - Agrossistemas potencializados por energia solar e subsidiados por energia gerada pelo homem. Exemplos: agricultura (cultivos em terra: alimento, fibras, lenha...) e aqüicultura (criação em viveiros: camarões, peixes, ostras...). Grande insumo energético (fertilizantes, melhoramento genético, controle de pragas, mecanização, irrigação...).
IV - Tecnossistemas urbano-industriais potencializados por combustíveis processados pelo homem (fósseis, de origem nuclear ou mesmo de origem orgânica...) e por outras formas de energia obtidas pelo homem (hidro e termoelétricas...). São sistemas que consomem produtos vindos de fora (alimento, água etc.) e que talvez estejam prestes a incluir a captação de energia da Natureza (solar, eólica...), além da hidro e termoelétricas e nuclear já em extenso e intenso uso.
Nesses quatro tipos de sistemas ecológicos há forte participação do “capital natural”, destacando-se o “capital humano” no tipo IV. Donde podemos concluir que “ainda dependemos muito da Natureza, para viver”).
Confrontando os tipos de ambientes acima descritos com os quatro princípios básicos da sustentabilidade (produção; biogeociclagem; biodiversidade; controle populacional), podemos concluir que: nossa capacidade de observação e racionalidade de uso e conservação dos recursos acima citados determinará se estaremos aptos a alcançar o tão almejado desenvolvimento sustentável. E tudo será inútil se não atentarmos para o último dos quatro princípios da sustentabilidade: CONTROLE POPULACIONAL (vejam as fotos aqui inclusas).