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22 de mai. de 2013

ARSÊNIO: TEMOS COMO ESCAPAR!?


Antes de lermos o tema focalizado por GLOBO RURAL, vejamos alguns aspectos relacionados a este elemento químico, de símbolo As, número atômico 33, do grupo dos metaloides (ou semimetais). Estima-se que seu uso mundial maior, 70%, seja como conservante de madeira, na formulação arseniato de cobre e crômio. Sua ocorrência natural em muitos ecossistemas, em inúmeras regiões do mundo, é preocupante.

A quantidade de arsênio total em água doce não deve exceder 0,01mg/L, segundo resolução do CONAMA.

Em recente postagem neste blog, foram apresentadas várias informações sobre arsênio em  alimentos, como camarão e peixes. Veja:
E agora, na presente postagem, uma notícia sobre sua ocorrência em cultivo de arroz (ver mais adiante).

É interessante ainda observar a tese de uma doutoranda da Universidade de Lavras, sobre "Potencial de samambaias para fitorremediação de arsênio" (ver link, abaixo). Refere-se ao uso de planta acumuladora de arsênio, utilizada para remover este elemento do solo.
https://docs.google.com/viewer?url=http%3A%2F%2Frepositorio.ufla.br%2Fjspui%2Fbitstream%2F1%2F357%2F1%2FTESE%2520Potencial%2520de%2520samambaias%2520para%2520fitorremedia%25C3%25A7%25C3%25A3o%2520de%2520ars%25C3%25AAnio.pdf


Estudo detecta nível expressivo de arsênio em arroz

Em algumas de suas formas, o produto químico pode causar câncer e outras doenças

por Globo Rural On-Line
  shutterstock
Grãos de variedades diferentes de arroz contém níveis elevados de arsênio, que podem provocar danos
arroz, um dos principais grãos da dieta brasileira, se não submetido a um controle rigoroso de qualidade, pode apresentar concentrações elevadas de variações de arsênio. O alerta vem de uma pesquisa realizada na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP/Usp). “Tal concentração pode contribuir para o desenvolvimento de doenças crônicas, como o câncer”, explica Bruno Lemos Batista, autor do estudo.

Batista encontrou concentrações expressivas do arsênio em diversas variedades de arroz (branco, integral e parbolizado integral e branco). As concentrações eram semelhantes às encontradas por outros cientistas na China, Índia, Bangladesh e Estados Unidos, em regiões com solos que naturalmente têm arsênio.

Nas análises, foram encontrados níveis na faixa de 222 nanogramas (ng) de arsênio por grama de arroz. O tipo integral foi um dos que apresentaram maiores concentrações, pois, em geral, o arsênio pode se acumular no farelo.

Considerando a média de arsênio no arroz e que o brasileiro consome 86,5 g desse grão ao dia, a ingestão de arsênio via arroz é pouco maior que pela água em sua concentração máxima permitida para ingestão (10 microgramas [µg] de arsênio por litro de água), a partir da média de 2 litros de água diários.

O pesquisador ressalta que o estudo trata da ingestão, e não absorção, desse arsênio presente no arroz pelo intestino. Durante os experimentos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) realizou uma consulta pública para concentração máxima de 300 microgramas de arsênio por grama de arroz. 
Diversas variações
Na natureza, o arsênio existe em mais de vinte formas diferentes, algumas mais tóxicas aos seres humanos. Dependendo da forma e da quantidade ingerida este arsênio pode causar danos ao organismo como o câncer. Por outro lado, existem formas que, se ingeridas em grandes quantidades, não causam nenhum problema ao organismo humano como, por exemplo, a arsenobetaína, comumente encontrada em alimentos marinhos como o camarão. 


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