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27 de jun. de 2015

ÁGUA SUBTERRÂNEA: EM CONTÍNUO PROCESSO DE "SAI MAIS DO QUE ENTRA". ATÉ QUANDO?


Um exemplo brasileiro: o aquífero Guarany - acesse o link https://youtu.be/zhqBXvBcBMQ


Um novo estudo da Universidade da Califórnia, em Irvine, observou os 37 maiores aquíferos do mundo usando dados da NASA e de outros indicadores. Cada aquífero recebeu um nível limite de água subterrânea, medindo a capacidade total do aquífero e as comparando com os menores níveis atingidos. Um terço dos aquíferos — que providenciam alimento e água para dois bilhões de pessoas — se esgotam a níveis acelerados. Pelos menos oito destes aquíferos são classificados como muito estressados, o que significa que eles perdem água com uma maior velocidade.

Uma parte do estudo estima que o aquífero do noroeste do Sahara — uma fonte gigante de água subterrânea, que cobre a maior parte do norte da África — pode cair para até 90% de seu uso total em 50 anos.

>>> Que fim levou o Aquífero Guarani, o super reservatório de água brasileiro? (Acesse o link mostrado no início)

>>> Situação do sistema Cantareira em janeiro é pior do que a projeção mais pessimista da Sabesp

Em muitos casos, práticas agrícolas são as principais responsáveis por essa queda, uma fez que aquíferos são gastos para alimentar populações em constante crescimento; cerca de 20% de todos os alimentos são mantidos com água de aquíferos. Agora, junte este fato com a falta de chuva em muitas áreas que não recebem água do aquífero rápido o suficiente para reabastecer a que foi gasta. Indústrias, como a produção de óleo, também levam a culpa por extrair água subterrânea como parte de seu processo de extração. E isso não significa apenas que teremos menos água para usar. Perder água subterrânea é ruim por outras razões: ela mata árvores, faz o chão afundar e pode até fazer a estrutura do aquífero entrar em colapso.

Já falamos antes sobre o satélite de Recuperação de Gravidade e Experiência Climática da NASA, que pode medir água subterrânea ao averiguar a atração gravitacional de uma região. Mas como mencionam os estudos, estes dados não são precisos — cientistas ainda precisam compará-los com dados colhidos no local. O problema em um lugar como a Califórnia, por exemplo, é que fazendeiros ainda não são obrigados entregar relatórios da quantidade de água do aquífero que eles usaram durante todo o ano. E depois de uma série de anos secos, eles talvez só saibam o quanto foi gasto quando já for muito tarde. [Water Resources Research via New York Times]

O post O planeta está perdendo água subterrânea de forma alarmanteapareceu primeiro em Gizmodo Brasil.


26 de jun. de 2015

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: ALVO CONTÍNUO DE QUEIMADAS

Queimadas em Unidades de Conservação dobram no primeiro semestre de 2015
Paulo André Vieira - 25/06/15

Reproduzido de www.oeco.org.br


O Brasil está queimando mais em 2015, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O número de focos de queimadas e incêndios florestais dentro de Unidades de Conservação federais e estaduais no primeiro semestre mais que dobrou em relação ao mesmo período de 2014. Este ano já foram identificados 10.036 focos de incêndio no período entre 1º de janeiro e 22 de junho de 2015, enquanto em 2014 havia 4.798, um aumento de 109,23%.

Uma das razões para isso pode ser encontrada nas águas do Pacífico Equatorial, que este ano estão mais quentes do que a média. Este é um dos sinais de que o clima em 2015 está sob a influência do El Niño. O fenômeno muda os padrões de vento, afetando os regimes de chuva em regiões tropicais e causando uma temporada de seca mais quente do que o normal.

Tocantins, Maranhão e Bahia foram os estados com o maior número de focos de incêndio em Unidades de Conservação tanto em 2014 quanto em 2015. Para se ter uma ideia de como a situação em 2015 é preocupante, apenas dois estados, São Paulo e Distrito Federal, apresentaram uma redução no número de focos de incêndio, como é possível observar na tabela a seguir:


O Cerrado queima

Nos meses analisados, o bioma com o maior número de focos de incêndio em UCs foi o Cerrado, com 4.423, seguido pela Mata Atlântica, com 2.569. Com exceção do Cerrado, que aumentou em cerca de 58% o número de focos, nos demais biomas eles mais do que dobraram de um ano para o outro.



20 de jun. de 2015

SE TAIS EXPLORAÇÕES EM ÁREAS DE PROTEÇÃO CONTINUAM EXISTINDO É PORQUE OS INFRATORES SABEM QUE O RISCO VALE A PENA!!!

Reproduzido de www.oeco.org

Agentes ambientais do Ibama desmantelaram na semana passada um garimpo ilegal no Parque Nacional do Jamanxim, em uma área de 17,5 hectares, no município de Itaituba, no Pará. O proprietário do garimpo foi preso e multado em R$50 mil. A pena por causar danos diretos a Unidades de Conservação é de 1 a 5 anos de reclusão.

No local havia 2 retroescavadeiras avaliadas em 450 mil reais cada uma, 4 motobombas, 2 geradores, além de 18 pessoas que trabalhavam no local. O equipamento foi todo destruído diante da impossibilidade do Ibama retirá-lo ou mantê-lo sob guarda.

A ação integra as operações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, em especial na região de Novo Progresso (PA). Por meio de levantamento prévio de informações realizado pela Gerência do Ibama de Santarém, duas equipes se dirigiram ao Parque Nacional do Jamanxim, onde confirmaram a atividade ilegal de extração de ouro.

Durante a ação, os agentes ambientais se depararam com uma grande estrutura onde havia mantimentos para muitas semanas de trabalho, além de oficina mecânica, 2 geradores de grande potência e equipamentos domésticos. A área de extração, próxima ao acampamento, tinha duas grandes cavas abertas, sendo que em uma delas os equipamentos estavam em pleno funcionamento.

Além do crime ambiental cometido dentro de uma área de proteção integral, na qual não é permitido sequer haver moradores, o dono do garimpo aliciava pessoas e não cumpria suas obrigações trabalhistas e previdenciárias, além de condições insalubres para a mão-de-obra, que não utilizava Equipamentos de Proteção Individual (EPI), mesmo lidando com mercúrio, um metal altamente tóxico . A divisão dos lucros se dava da seguinte forma: 85% para o proprietário e o restante para os trabalhadores.

Segundo a coordenadora de operações de fiscalização do Ibama, Maria Luiza Souza, as prefeituras são grandes parceiras do órgão na luta para manter a floresta amazônica em pé. Contudo, algumas delas não compreendem a importância dessa parceria e dificultam o trabalho do órgão. Em alguns casos, devolvem o maquinário apreendido aos proprietários antes mesmo da conclusão dos processos administrativos.

Um exemplo é a prefeitura de Novo Progresso, considerado o município mais desmatador do Pará, que encaminhou ofício ao comando do Ibama local informando que não receberá nenhum bem apreendido pelo órgão em suas operações. “As dificuldades não atrapalharão nosso trabalho, ao contrário, nos motivarão a fazê-lo com mais energia”, afirmou Maria Luiza.

Em nota, o Ibama informou que suas ações continuarão em toda a região amazônica.

18 de jun. de 2015

MAIS UMA VEZ: AUMENTO DO DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA

Recebido do IMAZON
Em maio de 2015, o SAD detectou 389 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal com uma cobertura de nuvens de 39% do território. Isso representou um aumento de 110% em relação a maio de 2014 quando o desmatamento somou 185 quilômetros quadrados e a cobertura de nuvens foi de 38%.
 
Em maio 2015, o desmatamento ocorreu no Amazonas (27%) e Mato Grosso (27%), seguido pelo Pará (23%) e Rondônia (21%) e, em menor proporção, Roraima (11%).
 
O desmatamento acumulado no período de agosto de 2014 a maio de 2015, correspondendo aos dez primeiros meses do calendário de medição do desmatamento, atingiu 2.286 quilômetros quadrados. Houve aumento de 170% do desmatamento em relação ao período anterior (agosto de 2013 a maio de 2014) quando atingiu 846 quilômetros quadrados.
 
As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 33 quilômetros quadrados em maio de 2015. Em relação a maio de 2014 houve uma redução de 79%, quando a degradação florestal somou 159 quilômetros quadrados.

17 de jun. de 2015

CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS: A QUESTÃO DA ÁGUA NO NORDESTE

www.cgee.org.br/publicacoes/agua_nordeste.php

Acesse o link acima e obtenha em pdf esta publicação do CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS

11 de jun. de 2015

"EM MOMENTO FURTIVO" COMPROMETE-SE UM SISTEMA DE GESTÃO, TRANSFERINDO DO IBAMA PARA OS ESTADOS, UMA TAREFA CRUCIAL: FISCALIZAR

Por Gustavo Geiser

Na semana passada, uma notícia me deixou estarrecido: a sanção presidencial da Lei Complementar 140. Parece que essa lei passou debaixo do radar dos ambientalistas. Fui pego de supetão, já que o noticiário só falava da Belo Monte e das alterações no Código Florestal, a maioria delas letra morta, referente a regras amplamente descumpridas. Enquanto isso, a LC 140, em especial seu Art. 17, desmonta uma estrutura que está funcionando. Através dela, o Ibama perde o poder de autuar crimes ambientais quando o licenciamento é de responsabilidade de estados e municípios.

nova lei diz que, a partir de agora, o Ibama só autua aquilo que licencia. Parece correto e lógico, mas boa parte dos ilícitos ambientais fiscalizados pelo Ibama estão em áreas privadas e indústrias de pequeno e médio porte, onde não atua como licenciador. Tem dado certo. É fácil notar que o Ibama é respeitado e temido por aqueles que possam cometer infrações ambientais em todo o país.

 


 

Argumenta-se que estados e municípios, por estarem mais perto, têm as melhores condições de fazer cumprir a lei. A descentralização também obrigaria os órgãos estaduais e municipais a melhorar suas estruturas e capacidade de operação. Espero que seja verdade. Descentralizar é uma boa ideia. No entanto, a péssima ideia, irresponsável eu diria, é descentralizar primeiro e fazer funcionar depois.

Para mostrar o que isso acarreta, falei com os chefes de fiscalização do Ibama no Pará e da Secretária Estadual de Meio Ambiente do Pará (SEMA/PA). Qual é a estrutura de fiscalização disponível a cada órgão? Vamos aos números. Segundo Paulo Maués, da Divisão de Controle e Fiscalização (DICOF/IBAMA/PA), no Pará o Ibama tem 120 fiscais distribuídos na superintendência do órgão, 2 gerências e 7 escritórios. Eles dispõem de 50 viaturas e dois helicópteros. Para não falar na possibilidade de ações com fiscais e viaturas de outros estados, procedimento bastante comum. Trabalham tanto sob demanda (denúncias) quanto fazendo seus próprios levantamentos. Isso ocorre no âmbito do estado e através do apoio de serviços nacionais, sediados em Brasília, como o escritório de inteligência, para levantamento de fraudes, e de sensoriamento remoto. Funciona bem. Nas operações conjuntas com a Polícia Federal que vivenciei, só tenho elogios.

Fiz a mesma pergunta à Simone Linhares, chefe da diretoria de fiscalização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Pará (SEMA/PA). O estado, hoje, tem 25 fiscais e 4 escritórios. Não possui helicóptero. Pela vivência no estado, posso constatar que eles não têm recursos para atender ao volume de serviço já demandado, independente da LC 140. Ainda que estejam previstos concursos para aumentar a equipe, isso não se resolve no curto prazo, e via de regra, a escassez de verbas para itens do tipo combustível, diárias e outras necessidades operacionais costuma ser mais grave nos estados menos ricos da nação. Convido os que trabalharam em outros estados a apresentar dados, para ver se a situação é equivalente.

Em suma, no caso do Pará, estamos retirando as atribuições do Ibama, um órgão estruturado, e entregando para outro que, na melhor das hipóteses, tem menos de 20% da estrutura. Comemoramos hoje as reduções no desmatamento, bradamos por maior rigor na lei, mas acabamos de restringir os meios para manter e melhorar os resultados.

Por que a aprovação da Lei 140 foi tão pouco discutida? Passou batido. Foi uma surpresa para a maioria da sociedade, que estava ocupada com outros debates, em especial Belo Monte e Código Florestal, e não viu tanta relevância nesse. Apenas no âmbito do IBAMA o assunto foi tratado, com óbvia indignação dos servidores. Não ouvi falar de nenhuma passeata ou manifestação no congresso contra essa lei. Antes da sanção presidencial, vi duas publicações em ((o))eco (veja aqui e aqui). Mas não houve atenção suficiente da mídia e das organizações ambientais que pudesse frear a proposta.

Infelizmente me pego especulando sobre teorias conspiratórias. Para passar despercebido, parece óbvio que o governo escolheu bem o momento de sancionar essa lei. Justo no meio da tempestade do Código Florestal. Conseguiu. Ninguém protestou, como se fosse de menor importância.

10 de jun. de 2015

AS MAIS DEVASTADAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA

Reproduzido de IMAZON

O estudo acima encontra-se disponível no site do IMAZON

Entre agosto de 2012 e julho de 2014 foram desmatados 1,5 milhões de hectares em toda a Amazônia. Cerca de 10% desse total ocorreu dentro de 160 UCs. As 50 UCs críticas respondem por 96% do desmatamento ocorrido dentro de UCs nesse período. Os Estados do Pará e de Rondônia são os que possuem maior número de UCs críticas (20 e 11 respectivamente) e maior percentual de desmatamento neste grupo, totalizando 87% (Veja o mapa acima).

Em geral, as UCs críticas amazônicas estão na área de influência de grandes obras de infraestrutura, como hidrelétricas e rodovias, que acabam facilitando o acesso, a apropriação indevida das terras e a exploração ilegal de recursos naturais. A falta de investimentos deixa as UCs ainda mais vulneráveis a ações ilegais. Sete das dez áreas mais desmatadas e que respondem por 81% do desmatamento nas áreas críticas sofrem com o baixo grau de implementação de acordo com dados do TCU. Ou seja, faltam planos de manejo, conselho gestor, recursos humanos e financeiros suficientes. Essas situações revelam a inconsistência dos governos que aprovam planos de infraestrutura prometendo medidas para reduzir seus impactos ambientais.

Dentre as 50 UCs críticas, aquelas sob gestão estadual foram as mais desmatadas, com 101.611 hectares ou 67%. Contudo, no Pará, as UCs federais foram mais desmatadas que as estaduais, enquanto que em Rondônia ocorreu o contrário.

[...]



8 de jun. de 2015

AJUSTE FISCAL PÕE EM RISCO A PRESERVAÇÃO NA AMAZÔNIA

Ajuste fiscal pode pôr em risco preservação de áreas protegidas, alerta Philip Fearnside 
Entrevista com Philip Fearnside, do INPA - Instituto Nacional da Amazônia, em 
[...]
"Sabemos que o meio ambiente não é prioridade para o governo. E os cortes vão agravar essa situação", alerta o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Membro da Academia Brasileira de Ciências, ele estuda questões ambientais na Amazônia brasileira desde a década de 70 e foi um dos cientistas que ganharam o Prêmio Nobel da Paz pelo Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC) em 2007.

[...]

Entrevista completa no link acima.

7 de jun. de 2015

MATA ATLÂNTICA, UM DOS MAIS "MEGADIVERSOS BIOMAS DO MUNDO": SETE NOVAS ESPÉCIES DE ANFÍBIOS

https://dx.doi.org/10.7717/peerj.1011

Sete novas espécies de anfíbios   Brachycephalus(Anura: Brachycephalidae) 
na mata atlântica
Resumo
Brachycephalus (Anura: Brachycephalidae) é um notável gênero de sapos miniaturizados da Mata Atlântica brasileira. Muitas das suas espécies são altamente endêmicas nas florestas de neblina, sendo encontradas apenas em uma ou poucas montanhas. Tal nível de microendemismo pode ser causado por sua tolerância climática a um estreito conjunto de condições ambientais, encontradas apenas em regiões de alta altitude. Essa restrição limita severamente a possibilidade de descoberta de novas espécies, dadas a dificuldade de explorar estes habitats inacessíveis. Após extenso trabalho de campo em áreas de alta altitude da porção sul da Mata Atlântica, neste estudo, descrevemos sete novas espécies de Brachycephalus dos Estados do Paraná e Santa Catarina, sul do Brasil. Estas espécies podem ser distinguidas uns dos outros com base na coloração e o nível de rugosidade da pele em diferentes partes do seu corpo. Essas descobertas aumentam consideravelmente o número de espécies descritas de Brachycephalus no sul do Brasil.












2 de jun. de 2015

"LENÇOL" CURTO (= MANANCIAL EM SÃO PAULO): OU COBRE A CABEÇA OU OS PÉS!!!


São medidas emergenciais (eternas), que o povo costuma taxar de "empurrar com a barriga". Obviamente tem que ser feito algo, em curto prazo. Mas, em médio e longo prazo, nada se visualiza! Nem tampouco se planeja!!!
Resultado: não há solução real; e se fomentam brigas entre os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Nossa "guerra pela água"!

Reportado na FOLHA DE S. PAULO, 02/06/2015