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28 de mar. de 2016

ÍNDIOS YANOMAMI CONTAMINADOS COM MERCÚRIO DE GARIMPOS

Reproduzido de   http://amazonia.org.br/2016/03/o-povo-yanomami-esta-contaminado-por-mercurio-do-garimpo/


Iver em um território que tenha em seu subsolo grandes reservas de ouro pode parecer uma benção e um sinônimo de riqueza.  Infelizmente, para os Yanomami, esta situação tem sido a sua maior maldição.  Um estudo recente conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA), mostra que a contínua invasão ilegal de garimpeiros em seu território tem trazido graves consequências: algumas aldeias chegam a ter 92% das pessoas examinadas contaminadas por mercúrio.

São muitos os garimpeiros que trabalham ilegalmente em nossos rios e além do desastre ambiental e social que causam, nós desconfiamos que nosso povo está sendo envenenado com o mercúrio utilizado pelos garimpeiros (Davi Kopenawa Yanomami, março de 2013)

Clique aqui para ler o especial completo

Atendendo ao pedido da Hutukara Associação Yanomami (HAY) e da Associação do Povo Ye’kwana do Brasil (Apyb), uma equipe de pesquisa visitou 19 aldeias, em novembro de 2014.  Foram coletadas 239 amostras de cabelo, priorizando os grupos mais vulneráveis à contaminação: crianças, mulheres em idade reprodutiva e adultos com algum histórico de contato direto com a atividade garimpeira.  Também foram coletadas 35 amostras de peixes que são parte fundamental da dieta alimentar destes índios.  O estudo foi realizado nas regiões de Papiú e Waikás, onde residem as etnias Yanomami e Ye’kwana.

O caso mais alarmante foi o da comunidade Yanomami de Aracaçá, na região de Waikás, onde 92% do total das amostras apresentaram alto índice de contaminação.  Esta comunidade, entre todas as pesquisadas, é a que tem o garimpo mais próximo.  Já na região do Papiú, onde foram registrados os menores índices de contaminação?—?6,7% das amostras analisadas?—?a presença garimpeira é menos acentuada.

https://youtu.be/HPFlMbX5c9Y

Uso do mercúrio faz parte do processo tradicional utilizado no garimpo para viabilizar a separação do ouro dos demais sedimentos.  Uma parte dele é despejada nos rios e igarapés e a outra é lançada na atmosfera.  Uma vez na atmosfera, ele acaba caindo nas proximidades das áreas de exploração.  As águas dos rios e os peixes que ingerem o mercúrio podem levá-lo para regiões mais distantes.  A contaminação de seres humanos se dá especialmente através da ingestão de peixes contaminados, sobretudo os carnívoros e de tamanho maior.

Os efeitos do mercúrio

O mercúrio é um metal altamente tóxico e seus danos costumam ser graves e permanentes: alterações diretas no sistema nervoso central, causando problemas de ordem cognitiva e motora, perda de visão, doenças cardíacas entre outras debilidades.  Nas mulheres gestantes, os danos são ainda mais graves, pois o mercúrio atinge o feto, causando deformações irrecuperáveis.

Garimpo na Terra Indígena Yanomami

Garimpo já deixou marcas profundas no povo e no território Yanomami.  Entre 1986 e 1990, estima-se que 20% da população (1.800 pessoas) morreu em função de doenças e violências causadas por 45 mil garimpeiros que invadiram suas terras.

A invasão e a tensão crescente do garimpo culminaram, nos anos de 1990, em um episódio de grande repercussão mundial por sua barbárie. Em julho de 1993, garimpeiros invadiram uma aldeia Yanomami e assassinaram a tiros e golpes de facão 16 indígenas, entre eles idosos, mulheres e crianças. Conhecido como o Massacre de Haximu, foi o primeiro caso julgado pela Justiça brasileira no qual os réus foram condenados por genocídio.

Assista abaixo ao vídeo “Davi contra Golias”, produzido pelo Centro Ecumênico de Documentação e Informação (Cedi), no qual Davi Kopenawa fala do Massacre do Haximu.

https://youtu.be/yegxwmzoRrM


O garimpo continua sendo uma ameaça à vida dos Yanomami e Ye’kwana.  Desde 2014, a invasão de seus territórios por garimpeiros cresce assustadoramente.  Hoje, estima-se que cinco mil garimpeiros atuam ilegalmente na Terra Indígena Yanomami.  As diversas denúncias feitas pelos índios não têm resultado em ações efetivas dos órgãos governamentais responsáveis.  Se nada for feito de concreto, um novo Haximu pode estar a caminho.

Para acabar com o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami é preciso que se descubra os seus financiadores, que são os que realmente lucram e sustentam esta atividade. É preciso descobrir a rota do ouro, ou seja, por onde passa e qual seu destino final.

Neste sentido, a Polícia Federal realizou duas operações que levantaram apenas a beira do manto que encobre esta atividade ilegal: a operação Xawara, em 2012, e a operação Warari Koxi, em 2015. Além de descobrirem alguns comerciantes e donos de avião em Roraima, também descobriram que o ouro chega a uma Distribuidora de Valores e Títulos Imobiliários (DTVM), na Avenida Paulista, na cidade de São Paulo. Fica o alerta: o ouro comercializado nos grandes centros financeiros do Brasil pode carregar com ele o sofrimento do povo Yanomami.

Aspectos éticos da pesquisa

As coletas feitas em novembro de 2014 foram precedidas por consultas aos indígenas, que autorizaram a retirada de amostras de seus cabelos, com a condição de que após a análise elas seriam devolvidas.  Este pedido se deve à obrigação de que, para os Yanomami, todos os pertences e partes corporais devem ser cremados após a morte.  É também uma precaução adotada depois que tiveram conhecimento do caso de roubo de seu sangue por pesquisadores norte-americanos na década de 1970.

Tanto as consultas para autorização quanto a apresentação dos resultados foram feitas em língua indígena, com o auxílio de intérpretes e material explicativo bilíngue, visando garantir a compreensão por parte de todos os envolvidos na pesquisa.

Entrega para o poder público

Uma comitiva formada por lideranças Yanomami e Ye’kwana, e representantes da Fiocruz e do ISA, foram à Brasília, em março de 2016, para divulgar o diagnóstico junto aos órgãos responsáveis.  A comitiva entregou cópias às Presidências da Funai e do Ibama, ao coordenador da Secretaria Especial de Saúde Indígena, ao Ministério Público Federal e à Relatora Especial sobre Direitos Indígenas da ONU, que estava em visita ao Brasil.  As lideranças indígenas também exigiram a retirada imediata dos garimpeiros da Terra Indígena Yanomami e um atendimento especial em saúde para as pessoas que estão contaminadas.

Fonte: ISA


18 de mar. de 2016

BIODIVERSIDADE AMEAÇADA NAS HIDROELÉTRICAS

Hidroelétricas causarão extinções, diz estudo


17/03/2016 

Surto de construção de usinas planejadas na Amazônia vai eliminar habitats de espécies que não
existem em nenhum outro lugar do planeta, alertam pesquisadores de EUA, Brasil e Reino Unido

O cascudo-zebra (Hypancistrus zebra) não é empreiteiro nem político, não está denunciado na Lava Jato e não levou um centavo de propina pela usina de Belo Monte. No entanto, recebeu a pena mais dura de todas pela construção da superfaturada hidrelétrica no Pará: a morte. Quando o reservatório encher, secando a Volta Grande do Xingu, os pedrais onde esse pequeno peixe ornamental vive ficarão rasos e quentes demais para ele. Como só ocorre naquela região, o cascudo-zebra poderá ser extinto na natureza.


O mesmo destino aguarda diversas outras espécies que habitam ambientes únicos de rios amazônicos que cederão lugar a hidrelétricas. É o que sugere um estudo publicado no periódico Biodiversity and Conservationpor um grupo de pesquisadores dos EUA, do Brasil e do Reino Unido.

Segundo o trabalho, que fez uma síntese da literatura científica disponível sobre hidrelétricas e extinções na Amazônia, as 437 usinas construídas, em implantação ou em projeto nos nove países amazônicos (90% delas no Brasil) acabarão com habitats raros dos rios da região, como corredeiras e pedrais. Nesses locais existe alta taxa de endemismo, ou seja, de espécies que não existem em nenhum outro lugar do planeta. Como corredeiras e pedrais também são os lugares que marcam desníveis dos rios amazônicos, é nessas áreas que os planejadores do setor hidrelétrico escolhem fazer barragens, que na maior parte dos casos afogam esses habitats (Belo Monte é uma exceção, pois provocará o efeito oposto).

Isso causa a extinção de peixes e plantas aquáticas que dependem do pulso sazonal dos rios. E leva junto toda a fauna terrestre associada, como morcegos, aves, roedores e anfíbios.

“Estamos, enquanto brasileiros, decretando o óbito de 3% a 5% da biota amazônica”, disse ao OC o ecólogo paraense Carlos Peres, professor da Universidade de East Anglia, no Reino Unido. Ele é coautor do estudo, liderado por seu ex-aluno Alex Lees, hoje na Universidade Cornell, nos EUA. Peres diz que o setor elétrico já mapeou todos os rios com potencial hidrelétrico na Amazônia – que é onde está quase todo o potencial hidrelétrico remanescente no Brasil. “Todos eles são suscetíveis à expansão das usinas”, afirma.

Segundo os pesquisadores, as ameaças das hidrelétricas à biodiversidade não se dão apenas pelo desmatamento induzido, mas também – e principalmente – por mudanças nos ambientes aquáticos. As barragens causam problemas aos peixes migratórios ao desconectar trechos de rios, e a espécies adaptadas ao ambiente de corredeira, como os cascudos, ao reduzir a velocidade da água, criando o que os cientistas chamam de ambientes “lênticos”, ou de remanso. Nesses ambientes, a oxigenação da água é mais baixa, o que prejudica algumas espécies muito especializadas para viver ali e favorece espécies mais generalistas, como as invasoras.

As soluções de mitigação de impactos fornecidas pelos empreendedores não conseguem evitar a formação desses ambientes lênticos e frequentemente falham ao atacar a questão da desconexão. Na usina de Santo Antônio, no rio Madeira, por exemplo, ficou famosa a “crise do bagre” – a antecipada redução dos estoques comerciais de grandes peixes, que não conseguiriam transpor a barragem para se reproduzir rio acima. Os empreendedores gastaram milhões de reais construindo um canal lateral em forma de escada que simulava o ambiente pedregoso do fundo do rio, só para descobrir que os peixes não a utilizavam – seu instinto era seguir o curso principal do Madeira.

No caso de Belo Monte, as principais vítimas são os peixes que evoluíram em micro-habitats, que são achados em alguns pedrais e não em outros dentro da mesma Volta Grande. “Você tem graus incríveis de microendemismo”, diz Lees. O cascudo-zebra, por exemplo, só foi descoberto em 1991 e já está criticamente ameaçado de extinção. Um dos coautores do novo estudo, Jansen Zuanon, do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) está neste momento descrevendo uma nova espécie de cascudo ornamental que aparentemente só habita as zonas mais profundas da Volta Grande. As duas espécies podem ser muito impactadas ou extintas com a redução da vazão do rio naquela área.

Em alguns casos, capítulos inteiros da história da vida na Terra podem estar em risco. É o caso das alfaces d’água (Podostemaceae), plantas que dependem dos ciclos de cheia e seca dos rios encachoeirados da Amazônia. Essas plantas formam uma “radiação adaptativa”, ou seja, várias espécies surgiram muito rapidamente a partir de um mesmo ancestral. Todas as espécies endêmicas de Podostemaceae estão ameaçadas nos sítios de hidrelétricas.

Os próprios estudos de impacto das usinas têm revelado espécies novas, como um sapo que acena em vez de cantar – porque ninguém conseguiria ouvir o canto em meio ao som das corredeiras. Os cientistas temem que algumas plantas e animais sejam perdidas antes de serem descritas.

“O que nós vemos no noticiário são preocupações com espécies carismáticas de fauna de grande porte e com seres humanos. Mas as grandes perdas são de peixes e grandes invertebrados”, afirma Lees, um britânico que trabalhou durante seis anos no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém, antes de se mudar para os EUA. “Me incomoda que não haja muitos estudos focando em extinções.”

Lees, Peres e colegas apontam o paradoxo de que várias das espécies ameaçadas pelas usinas são protegidas por lei contra caça e comercialização, por estarem na lista vermelha do Ibama – mas há mecanismos legais para permitir sua extirpação completa por projetos de hidrelétricas, sob os rótulos de “interesse social” e “utilidade pública”.

“Nos EUA, a Lei de Espécies Ameaçadas veda qualquer projeto, por mais estratégico que seja, se há uma espécie ameaçada no caminho”, diz Carlos Peres. “No Brasil nós estamos presidindo o processo de extinção de várias espécies.”

“Energia limpa”  -  Obs.: sobre a política ambiental do Brasil no quesito "energia", sugiro acessar o link, deste blog:

http://ecologiaemfoco.blogspot.com.br/2013/01/politica-ambiental-em-energia-ha-quem.html


As hidrelétricas geram a maior parte da eletricidade do país hoje, e sua expansão é defendida pelo governo como única opção para gerar energia “limpa” e “firme” – embora dúvidas venham sendo levantadas sobre as premissas que baseiam a expansão das barragens. A INDC, o plano climático do Brasil para 2025 e 2030, prevê que 66% da matriz seja hidrelétrica, o que incluiria a construção das polêmicas usinas do complexo Tapajós, no Pará.

Peres e colegas defendem um freio de arrumação a essa expansão, sob pena de os cenários aventados pelo estudo se concretizarem. Segundo eles, todo o processo de licenciamento de usinas deveria ser revisto, incorporando a avaliação ambiental estratégica de toda a bacia – algo que o governo promete desde 2006, mas que nunca aconteceu de verdade no licenciamento de usinas, que começa depois que a decisão de construir já foi tomada. “O licenciamento é um processo sem dentes, para inglês ver”, diz Peres.

Relatórios de impacto ambiental precisam ser melhorados, e “em muitos casos, esses projetos precisam ser cancelados”, afirma o pesquisador paraense. Para ele, a ameaça de extinção a uma espécie endêmica deveria ser razão para cancelar uma hidrelétrica. A demanda adicional de energia poderia ser suprida com novas renováveis e, para a Amazônia, com pequenas centrais hidrelétricas. “Como maior país tropical do mundo e liderança em biodiversidade, o Brasil deveria se comportar de outra forma.”

Procuradas pelo OC, a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), que planeja a expansão hidrelétrica, e a Norte Energia, proprietária da usina de Belo Monte, não se manifestaram até o fechamento deste texto.

16 de mar. de 2016

VAZAMENTO DE PETRÓLEO NA FLORESTA AMAZÔNICA PERUANA: UM TEMOR INEVITÁVEL

Esse problema na amazônia peruana me fez lembrar do vídeo que se segue, link:  http://youtu.be/RecvJJ-iLRc
em que um dos engenheiros entrevistados enfatiza os riscos na extração de petróleo em plena floresta amazônica no Brasil.

A sequência de fotos abaixo foi extraída de reportagens da BBC News sobre acidente com exploraçào de petróleo na amazônia peruana. Principais prejudicados: biodiversidade local, indígenas rios e solo.


O presidente da Petroperu nega que crianças foram pagas para executar limpeza de áreas afetadas, como afirma o povo local.



13 de mar. de 2016

ENFIM, A MELHOR MEDIDA QUE HÁ MUITO TEMPO DEVERIA TER SIDO TOMADA: EXPLODIR AS SERRARIAS ILEGAIS


“Tem equipamentos caros, pesados, complexos, e se não forem inutilizados, vão voltar a usá-los. Muitas dessas serrarias já haviam sido autuadas no passado, mas voltaram a funcionar. Então, adotando essa medida mais drástica, essa desativação por meio de explosão dos principais equipamentos, geramos prejuízo aos infratores”


Schmitt falou sobre a importância das reservas, que, juntas, equivalem a cerca de 1 milhão de hectares de Floresta Amazônica, no Maranhão. “Não existe mais floresta lá, esse é o último maciço, o último fragmento. Além da importância ecológica, nessa área vivem três etnias indígenas. Parte deles optaram por viver em isolamento, então proteger essas áreas é imprecindível para o meio ambiente e para manutenção dessas etnias.”, disse.

Desde o início da ação, o Ibama aplicou 10 multas por infrações ambientais que totalizam R$ 1,7 milhão. Também foram apreendidos quatro caminhões e uma empilhadeira. A PF prendeu 11 pessoas envolvidas em crimes ambientais, sendo 10 prisões em flagrante e uma preventiva, e apreendeu duas armas. A PRF apreendeu oito caminhões usados para transportar madeira ilegal. A organização está atuando na segurança da operação, com apoio da Polícia Civil de Goiás (GT3), da Polícia Civil do Distrito Federal (DOE) e da Polícia Militar Ambiental do Maranhão.

Exploração madeireira

A madeira extraída ilegalmente das áreas protegidas é transportada por estradas clandestinas até as serrarias em caminhões adaptados, chamados toreiros. Nas serrarias, a madeira é processada e comercializada no Maranhão e em outros estados.

O Ibama informou que a exploração legal de madeira na região pode ser feita por meio de planos de manejo florestal sustentável e do aproveitamento decorrente de autorização de supressão da vegetação para uso alternativo do solo. No entanto, durante a Operação Lignum o órgão verificou que algumas áreas autorizadas foram fraudadas para acobertar madeira ilegal. Novas ações estão programadas para ocorrer em toda a região.

Por: Maiana Diniz
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Maria Claudia

10 de mar. de 2016

ÍNDICE DE PERFORMANCE AMBIENTAL: FINLÂNDIA EM PRIMEIRO LUGAR; E BRASIL EM QUADRAGÉSIMO SEXTO

Reproduzido de http://www.oeco.org.br/noticias/ranking-mostra-quais-os-melhores-e-piores-paises-no-tratamento-da-natureza/

Ranking mostra quais os melhores e piores países no tratamento da Natureza


Para obter o relatório acima, acesse o link:

http://epi.yale.edu/sites/default/files/EPI2016_FINAL%20REPORT.pdf

O Índice de Performance Ambiental (do original em inglês Environmental Performance Index) de 2016, produzido pela universidade de Yale, nos EUA, e publicado a cada dois anos, analisou o desempenho de 180 países em políticas de proteção de ecossistemas e da saúde humana. A pesquisa qualificou as nações baseada em nove categorias: impactos na saúde; qualidade do ar; água e saneamento; recursos hídricos; agricultura;, florestas; pesca; biodiversidade e habitat; clima e energia.

O primeiro lugar ficou com a fria Finlândia, com população de 5,5 milhões de habitantes, metade da população da área metropolitana do Rio de Janeiro. Além de conquistar a 1ª posição em 2016, a Finlândia assumiu o compromisso de até 2050 se tornar uma sociedade neutra em emissões de carbono.

Os dois maiores gigantes econômicos do mundo não emplacaram os dez melhores: os EUA ficaram com a 26ª posição, e a China com a 109ª.

O desempenho do Brasil, na 46ª, foi superior a maioria dos países da América Latina, com as exceções da Argentina (43ª), Costa Rica (42ª) e Cuba (45ª). Na gestão brasileira, segundo o relatório de Yale, o destaque foi para a queda pela metade do desmatamento entre 2003 e 2011, que, entretanto, voltou a subir em 2014.

Na última década, o índice mede que o Brasil melhorou 16,94% seguindo a tendência de outros países em desenvolvimento, como a Índia, que apesar de ainda ocupar a 141ª posição no ranking evoluiu 20,87% desde 2006.

Os dez primeiros colocados do ranking são todos do continente europeu. Fecham com a Finlândia em ordem: Islândia, Suécia, Dinamarca, Eslovênia, Espanha, Portugal, Estônia, Malta e França. A hegemonia europeia foi conquistada com a queda de Singapura, país asiático que no relatório de 2014 estava na 4ª posição e agora está na 14ª.

Os últimos colocados são em geral países africanos e asiáticos. A Somália foi o lanterna da edição de 2016, repetindo o resultado de 2014. O país ficou com a 180ª posição, o que pode ser considerado em boa parte consequência de 25 anos de guerra civil. Uma das variáveis que mais pesou para a Somália foi a perda de biodiversidade. Por exemplo, o país não possui guarda costeira e é um paraíso para barcos pesqueiros ilegais de todo o mundo, o que gera sobre pesca e exaustão da fauna marinha local.

site do índice de Performance Ambiental provê desde o relatório completo de 2016, que pode ser baixado em PDF, até informações segmentadas como o ranking geral dos países analisados.


9 de mar. de 2016

"ESL - ENGLISH: A SCIENTIFIC LANGUAGE"

Apostila, toda em inglês, como ajuda para quem deseja utilizar a língua inglêsa para comunicação científica.

Acesse o link:

https://www.dropbox.com/s/xqic1ho0s1tj6d9/ESL-March2016.pdf?dl=0

1 de mar. de 2016

ALTERA-SE UM AMBIENTE NATURAL RADICALMENTE E DEPOIS APARECEM PEIXES MORTOS. PARA "SURPRESA" DOS EMPREENDEDORES! OU SERIA APENAS UM PROBLEMA NO MANEJO?

Reproduzido de http://amazonia.org.br/2016/03/superintendente-do-ibama-diz-que-peixes-nao-se-adaptaram-a-barragem/

Superintendente do Ibama diz que peixes não se adaptaram à barragem

Milhares de peixes foram encontrados mortos próximo à usina de Lajeado. Órgão ambientais e empresa disseram que irão investigar o caso.

Após a denúncia do aparecimento de milhares de peixes mortos próximo à barragem da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães em Lajeado, a 50 km de Palmas, o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Joaquim Henrique Montelo Moura, disse que os peixes ainda não entenderam a lógica da geração de energia. “A natureza não se adaptou ao mecanismo de barramento do rio”, argumentou Moura.

A afirmação partiu de uma entrevista realizada na tarde desta terça-feira (18), na sede do órgão em Palmas, para a TV Anhanguera.

Um internauta flagrou a mortandade dos animais no domingo (16) e gravou um vídeo. As imagens mostram que os peixes ficaram presos entre as pedras, após o fechamento das comportas da usina.

O superintendente reconhece que o fechamento da barragem é uma agressão contra a vida dos animais, que estão em época de reprodução. Na piracema a pesca predatória é proibida e quem mais lamentou a morte dos peixes foram os próprios pescadores. Segundo eles, o nível do rio baixou 15 metros em menos de meia hora.

“Se tivesse feito direito não estaria morrendo peixe nenhum. Porque no tempo, se a água descesse devagarzinho, dava tempo dos peixes saírem”, observou o presidente da Colônia de Pescadores de Lajeado, Domingos Ferreira Lima.

Em agosto do ano passado, aconteceu a mesma coisa. A Investco, empresa que administra a usina, e o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), prometeram investigar e resolver o problema, que se repete com frequência. “Dá prejuízo para os próprios ribeirinhos, próprio pescador. Acaba com os peixes tudo de uma vez”, lamentou o presidente da Colônia de Pescadores.

Sobre essa recente mortandade a Investco alegou que não houve abertura, nem fechamento de comportas e informou que apura o que aconteceu. Já o Naturatins, por meio da assessoria de comunicação, alegou que os técnicos estiveram na barragem e que, nos próximos dias, serão divulgadas as conclusões e possíveis punições à usina.