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21 de out. de 2016

TRAGÉDIA AMBIENTAL EM MARIANA, MINAS GERAIS: A JUSTIÇA TARDA MAS NÃO FALHA. TENHAMOS FÉ!!!


A previsão relatada num documento da empresa Samarco, não era profecia. Vejam um conceito apresentado no Glossário de Ecologia:
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO
Segundo BOTKIN & KELLER (2011), “basicamente, este princípio diz que quando há ameaça 
de sério risco, até mesmo irreversível, de danos ambientais, não se devem esperar provas científicas para se tomar atitudes preventivas que evitem potenciais prejuízos ao meio ambiente”.


Resumo da ocorrência e o momento atual na Justiça:


O Ministério Público Federal denunciou diretores e funcionários da Samarco, da Vale e da BHP por homicídio pela tragédia de Mariana, MG, há quase um ano. Na denúncia, os procuradores afirmam que as empresas sabiam dos riscos do rompimento da barragem.

O que a Samarco previu em abril de 2015 aconteceu em novembro, segundo a denúncia do MPF. O rompimento da barragem de Fundão destruiu cidades, rios e áreas de preservação. Mais de 250 pessoas ficaram feridas e 19 morreram.

Segundo as investigações, um documento interno da Samarco, feito quase sete meses antes da tragédia, estimava que até 20 pessoas morreriam. O impacto ambiental chegaria a 20 anos. E mais: danos severos a mais de 200 casas. E funcionários seriam presos por violações criminais.

A força-tarefa do Ministério Público Federal concluiu que a Samarco, a Vale e a BHP sabiam que o maior desastre ambiental do país poderia acontecer a qualquer momento e que a mineradora passava informações incorretas ou falsas aos órgãos de controle.

“O que nós tivemos foi um sequestro da segurança, de uma política mais responsável de segurança da barragem por uma busca incessante de lucro”, afirmou o procurador da República em MG, José Adércio Leite Sampaio.

O inquérito da força-tarefa indiciou quatro empresas e 22 pessoas - 21 delas foram acusadas de homicídio qualificado com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. Dentre elas estão diretores, gerentes e membros do conselho de administração da mineradora e também representantes da Vale e da BHP, donas da Samarco. Os acusados podem ir a júri popular.

“Essas pessoas foram assassinadas por um motivo torpe, ou seja, ganância das empresas, e também porque não tiveram chances de defesa”, disse o procurador da república Eduardo Oliveira.

“Mesmo tendo conhecimento detalhado do dia a dia dos problemas das barragens. Os diretores nada fizeram”, afirmou o procurador de Colatina, Jorge Munhós.

Eles também estão sendo acusados pelos crimes de inundação, desabamento, lesões corporais e crimes ambientais.

A VogBR, que atestou a segurança da barragem, e um engenheiro da empresa, estão sendo acusados de apresentação de laudo falso.

A Vale e a Samarco afirmaram que não tinham conhecimento prévio de riscos reais na estrutura da barragem e que o Ministério Público desprezou provas e depoimentos neste sentido. As empresas afirmam ainda que a barragem era fiscalizada regularmente e autoridades e consultores externos atestaram sua estabilidade.

A BHP afirmou que vai se defender e auxiliar a defesa dos denunciados.

A VogBR não quis se pronunciar.

Algumas fotos da tragédia:

Não deixem de ver a foto seguinte, com palavras do "big boss" da BHP:







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