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8 de dez. de 2016

NA AMAZÔNIA ESTÁ O MAIOR REBANHO BOVINO DO BRASIL. E O PREÇO É ALTO: A DESTRUIÇÃO DA FLORESTA

Comedores de carne bovina, são parceiros desse processo destrutivo.
Leiam a reportagem completa, em:

http://amazonia.org.br/2016/12/boi-clandestino-nao-morre-de-velho/

Apesar de vender uma imagem de confiança na origem, a cadeia da carne no Brasil ainda é incapaz de garantir um bife sem débitos ambientais na mesa do brasileiro. A reportagem de ((o))eco foi até o município de São Félix do Xingu, Sul do Pará, detentor do maior rebanho bovino do Brasil, para conhecer os primeiros elos da cadeia, que continuam fora do controle.

Na região, a taxa de desmatamento é alta, as leis valem pouco e a bagunça fundiária impera. Hoje, os pecuaristas que fazem a venda final aos grandes frigoríficos precisam provar que não desmataram, ou então ficam fora deste mercado. Mas o gado que eles engordaram para abate costuma vir de outras fazendas, em geral menores e sempre livres de monitoramento, que contornam restrições com o bom e velho jeitinho brasileiro. Atravessadores, troca-troca de documentação e a incompetência dos órgãos estaduais e federais permitem que gado de desmatamento chegue legalizado ao matadouro.

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São Félix do Xingu já foi uma vila à beira do rio onde índios, pescadores e ribeirinhos conviviam. Até finais de 1970, sustentava-se da pequena agricultura. A pecuária praticamente inexistia. A chegada da mineração e da extração de mogno, ainda naquela década, deu o pontapé no tradicional ciclo econômico de desenvolvimento de cidades na Amazônia, que inclui a abertura desenfreada da floresta e a especulação de terras – atividade que costuma vir acompanhada de boi.

O município tem 84 mil km2, duas vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro. Em 1974, segundo o IBGE, São Félix tinha cerca de 3 mil habitantes e 200 cabeças de gado. Hoje, são 120 mil pessoas e 2,2 milhões de bois — o maior rebanho do Brasil. A população cresceu 40 vezes, enquanto o rebanho aumentou 11 mil vezes, chegando a curiosa marca de 18 cabeças de gado por habitante.


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“Desde 2008, em São Félix, foram derrubados ilegalmente 250 mil hectares de floresta”, diz Mauro Lúcio. “Como nas áreas recém abertas, com pasto novo, é possível colocar até duas cabeças de gado por hectare, é provável que abriguem ¼ do rebanho do município”. Por esse cálculo, mais de 500 mil cabeças de gado da região são ilegais, bois de desmatamento.

[Relato completo, acessar o link no topo]


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